quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Confusões de adolescente

A vida de adolescente retratada em romance juvenil
Em bate-papo, Aldenora fala sobre como é ser uma jovem escritora

Meg Cabot, Stephenie Meyer são apenas alguns exemplos de autoras que mexem com o universo adolescente. Cobertos de aventura, amores, intrigas, esses livros acabam por envolver o mundo de meninas entre 11 e 20 anos, criando um universo paralelo entre a ficção e a realidade. Entre o mundo encantado, com príncipes (ou mesmo vampiros) e recheados de situações perigosas que levam esses adolescentes a alçarem vôo para o mundo da imaginação, que não é uma imaginação tão distante, já que os problemas “adolescentes” estão sendo vivenciados por elas.

Aldenora Cavalcante, não diferente de qualquer outra garota normal de 15 anos, também gosta do estilo "comédia romântica adolescente", mas não se limita apenas a leitura, Aldenora apesar da pouca idade, já publicou um livro, que ao contrário do que muitos pensam, não é uma autobiografia. “Confusões de Adolescente” conta a história de uma adolescente fictícia, a jovem escritora se inspirou na sua fase de “transição” nas das colegas e em todo esse universo juvenil, para narrar as confusões em que se mete Marina, a protagonista de sua história. Aldenora recebeu a equipe VOLVER em sua casa, para uma conversa leve e descontraída, onde ela falou de carreira, incentivo, literatura e adolescência.


Através de iniciativa pessoal, o livro de Aldenora foi publicado

Volver: Primeiramente, o que conta o livro “Confissões de uma adolescente”?

Aldenora: Como o próprio nome diz, fala de uma adolescente de 15 anos chamada Marina que narra a história dela no formato de um diário, contando a sua vida principalmente nos seus 15 anos, que dizem ser uma data especial e por ser uma transformação da menina para mulher. Narra a vida dela, tudo o que acontece com ela: briga, colégio, festa, show, tudo.

Volver: A linguagem usada no livro é bem coloquial. Você usou visando ao público adolescente em especial?

Aldenora: Sim. Para o público adolescente. Eu viso isso. Pra tornar mais real, mais fácil de ser entendido. Eles vêem nele uma forma de aprendizagem, uma forma de se espelhar nele e também para os mais velhos de 18 anos, para essa fase, quando tinham 15 anos.

Volver: Quando você começou a escrever?

Aldenora: Eu comecei mesmo com o livro, que foi com 13 anos que eu comecei a escrever. De fato mesmo, foi com o livro. Eu tive apoio das minhas amigas e minha professora da 7° serie dizia que escrevia bem, aí pensei em escrever o livro.

Volver: Esse livro também serve como leitura para os pais? Uma forma de eles passarem a entender a mente dos seus filhos adolescentes?

Aldenora: Os pais sempre têm um pé atrás com o adolescente,duvidam bastante, prendem bastante, então, o livro é uma forma de incentivar que os que os adolescentes fazem não é tudo errado. Tem sempre alguma coisa que eles fazem e que é pra adquirir uma experiência para uma vida futura, que seria bem melhor se eles já soubessem realmente.

Volver: Você teve apoio dos seus pais?

Aldenora: Sempre tive. No livro não muito porque eu praticamente escondi o livro. Ninguém sabia, só vieram saber quando eu estava finalizando. Mas sempre me apoiaram.


Banner de divulgação do livro

Volver: Você teve dificuldades em publicar o livro?


Aldenora: Não muito. Mas questão de tempo de publicação. Mas não muito porque meu pai deu uma ajuda, conhecia várias pessoas, pra edição e impressão.


Volver: Você acha que o apoio, o incentivo ainda é pequeno em relação aos jovens escritores?

Aldenora: A iniciativa é pouquíssima aqui no Piauí. A gente procurou muito essas pessoas que já trabalham no ramo, professores com mais experiência nessa área, mas não queriam ajudar de jeito nenhum. A única ajuda que a gente teve mesmo foi por causa do meu pai que conhece algumas pessoas e com ajuda do governo não teria havido o lançamento e impressão, o colégio também não incentivou, praticamente nenhum incentivo.

Volver: Você acha que essa falta de incentivo foi devido a preconceito por causa da temática do livro (adolescentes)?

Aldenora: Um pouco, mas acho que se deve também ao Estado mesmo que não tem muito reconhecimento cultural, mas acho que também tem sim essa questão da temática.

Volver: Em que autores você se inspira?

Aldenora: Pra fazer o livro eu não tive nenhum, eu lia o Diário da Princesa, mas pra fazer o livro eu não li nenhum mesmo. Quanto aos autores que eu gosto, está o Sidney Sheldon, que li poucos livros dele, mas eu gosto. Brasileiro nenhum, é mais internacional.

Volver: Mas não tem nenhum autor brasileiro que tu goste, independente desse estilo?

Aldenora: Eu li um livro do Augusto Cury, mas dele mesmo assim..não, só internacional mesmo.

Volver: E quanto a Meg Cabot?

Aldenora: Gosto muito dos livros dela.

Volver: Você planeja escrever outros livros?

Aldenora: Eu planejo escrever outros livros, não sei se vai ter uma segunda edição sobre essa mesma temática, mas eu tenho vontade de escrever um livro mais sério, abordando outros assuntos.

Volver: Que assuntos seriam esses?

Aldenora: Eu estava pensando em continuar com adolescentes, mas não nessa temática humorística. Queria uma coisa mais séria, porque eu vejo jovens nas drogas, o consumo de álcool, a exclusão familiar e social, mas isso é uma coisa que tem que ser muito mais aprofundada e tem que estudar bastante, é por isso, que eu ainda estou estudando.

Trechos da entrevista com Aldenora

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Por: Ana Isabel Freire (anaisabel_freire@hotmail.com); Mariana Guimarães (mariana-guimaraes@hotmail.com); Nina Nunes (nina_quasenada@hotmail.com)

Um comentário:

  1. o livro confusões de adolescente,busca mostra a nossa realidade,vida,estado de ser.Mostrando assim a quem nos critica a veradade de quem somos uo até mesmo a que fazemos/pensamos!!!
    termino esse breve comentário desejando todo sucesso do mundo, pois o livro é otimo!!!

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