Nove plantões, coisas inesquecíveis aconteceram. Experiências boas, outras nem tanto, mas mesmos dessas conseguimos extrair ensinamentos que irão nos ser muito úteis.
A experiência foi, sem dúvida, estressante, desgastante, desesperadora. Tivemos vontade de matar umas as outras, (entenda-se Mariana e eu matarmos a Nina), mas só uma vez. Ficamos radiantes com elogios recebidos dos amigos e até mesmo dos entrevistados, quem diria, hein! O que posso afirmar é que para mim esta foi uma tarefa difícil, mas que agora, vendo-a concluída, sinto que realizamos o nosso trabalho, superamos nossas próprias expectativas, superamos nossos medos, aprendemos a conviver com as diferenças umas das outras, passamos a compreender, um pouco mais, do universo que escolhemos, da profissão que queremos seguir, as dificuldades, as alegrias, os desafios que teremos de enfrentar se quisermos, realmente, sermos boas Jornalistas.
Foi um grande prazer trabalhar com essas duas meninas, Mariana e Nina, e dividir as responsabilidades de tentar levar até você, querido usuário, informação com qualidade. E esperamos poder, daqui a algum tempo, depois de alguns dias de descanso, voltar e continuar levando até você as nossas historias, do nosso jeito, a final de contas nós sempre queremos EnVOLVER você, não é?! Até breve!
Cada plantão era encarado por nós como verdadeiras provações pelo qual deveríamos passar. Com todos os percalços no caminho, erros de HTML, computador travando, banhos de chuva (em pleno B-R-O-BRÓ? Isso mesmo!), tudo isso, foram momentos que, se transformaram em lembranças, e que por um bom tempo, ficarão guardadinhas em nossas vidas de web jornalistas. E como vão! Quem sabe isto não renderá futuramente um livro? Não é Isabel?!
Pois bem, caro usuário, esta é minha versão um pouco resumida da história Volver. Que não acaba por aqui não! Aguarde-nos e esteja sempre conosco, pois iremos Voltar, e, como sempre, nessa mesma linha, nesse mesmo estilo que tenho certeza que o agradou bastante.
Primeiro o trabalho pesado com que eu não tava acostumada: acordar cedo, escrever-escrever-escrever, passar um dia de edição, escolher pautas e cumprir todo um cronograma. Os dias foram ficando pequeninhos dentro do espaço que o blog ocupava na minha vida e a satisfação grande demais, a cada elogio, a cada amigo que me parabenizava e cada adjetivação como “neurótica, obcecada, perfeccionista” – não era/é nada disso. Eu só queria ser boa aqui, porque não é todo dia que você estuda em uma UFPI da vida e tem um professor que se preocupa com sua desenvoltura e desempenho, que te enche lá pelas 4 e pouco da manhã com cobranças via MSN, após 20 horas sem dormir e você para não decepcionar luta contra suas maiores limitações e cumpre. Ganhei um: “Nina, você cresceu muito garota, já não é mais a menina do buchão que eu conheci”, bem essa é a forma que o mestre Orlando Maurício Berti elogia as pessoas, vai entender... Fiquei feliz, estou.
Minha segunda experiência reveladora foi trabalhar com duas meninas brilhantes, na verdade, com uma menina a: MARISABEL, elas formam uma só. Não se desgrudam pra nada, fica difícil dissociar. Mentirinha, apesar delas não se desgrudarem, dá sim pra saber quem é quem. Se você diz pra Mariana que tudo deu errado, ela vai dizer: “Meu paizinho do céu, não acredito, ou minha gente e agora?”. Se você diz pra Ana, ela vai antes sorrir (claro) e depois: “Ah, já foi, se acalma e pensa em outra coisa.” A Mariana é preparada, gosta de planejamento e a Ana gosta do concreto, de trabalhar com possibilidades reais e sem desespero, sempre! E eu gostei de trabalhar com elas, de tentar ser alguém mais competente para não decepcioná-las, de botar ordem, intitular, recriar, ser a Isaurinha e trazer pra toda a segurança das duas, as minhas maluquices. Gostei de me sentir necessária e de tanta compreensão, tanta generosidade e tanta dedicação e de tanto “ei, volta aqui, ainda não terminei, quero isso e isso”.
Minha terceira e melhor revelação, foi comigo, com o meu exercício de romper barreiras, de persistir, de passar 13 horas na frente do computador com um sanduíche na barriga e só, de esquecer o resto do mundo nas horas dedicadas a esse blog aqui, se tem todas as minhas melhores coisas reunidas em um lugar? Ele pode esperar, o VOLVER é prioridade. Além disso, eu não esperava conviver harmoniosamente com duas pessoas totalmente diferentes de mim e completá-las, aceitar as críticas de um professor reclamão e exigente demais, que não é suave na hora de cobrar, e que eu podia odiar por isso, mas não, porque o respeito e admiração sobrepõem a vaidade e o ego ferido. E nunca imaginei que eu teria a ousadia de enfrentar esse professor tão respeitável com minha ingenuidade de principiante, porque também é crescimento argumentar. E experimentar, sonhar com um jornalismo diferente do habitual, levar essa ideia pra frente, adaptar o jornalismo eletrônico ao literário e interpretativo, romper convenções e voltar atrás, refazer. UFA... Por tantas idas e vindas, essa experiência foi tão reveladora e importante.
Enfim, eu sou outra e o VOLVER tem participação decisiva nisso. Obrigada, Mari, Ana, Prof. Orlando, colegas de classe (em especial: Juscelino, pelas tantas dúvidas da rede, hihi), USUÁRIOS e todos que acompanharam e incentivaram. Comecei querendo logo acabar e se eu pudesse, não acabava nunca (tá, um descanso seria válido). E quer saber? Eu posso! O VOLVER me ensinou isso, eu posso. Eu e as meninas já demos nó em pingo d’água pra concluir algumas coisas aqui, provando que é sempre possível, quando se têm vontade e coragem. Ah, e temos muita. Vamos respirar um tanto e em breve, voltaremos.
Nina Nunes
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