Com respostas carregadas de estímulo e lições
Lucas Vieira, um dos integrantes e idealizadores do Projeto CORAJE, responde indagações a respeito do Projeto, desde a iniciativa até os desdobramentos na carreira profissional. CONFIRA:
Lucas em ativididade do CORAJE
VOLVER: Da onde surgiu o interesse para elaborar e colocar em prática o projeto CORAJE?
LUCAS: O interesse surgiu a partir de uma insatisfação muito grande com o ensino jurídico que é transmitido, ressalvada as devidas peculiaridades, nas faculdades de direito, que carrega em seu bojo uma carga muito forte de acriticidade, de formalismo e bitolamento. Daí o contato com núcleos de Assessorias Jurídicas Universitárias Populares no Brasil (perto de 30, em diversas faculdades públicas e privadas) nos motivou a construir o projeto CORAJE.
VOLVER: Foi difícil concretizar o projeto? E para manter? Quais as dificuldades?
LUCAS: Sim, muito difícil. A inexperiência, a falta de formação, a escassez de material teórico para nos embasar quanto a metodologia do projeto foi a principal dificuldade no início. Sabendo dessa dificuldade, nós, na época 7 estudantes, mostramos nossa idéia e convidamos todos os estudantes a construírem o projeto conjuntamente. As dificuldades não mudam muito, a falta de tempo dos membros (praticamente todos estagiam, alguns fazem pesquisa, outros 2 cursos) é um fator preponderante para que o projeto não ande no ritmo como queríamos, e a dificuldade maior que é a falta de renovação de pessoas dentro do grupo, faz com que essa dificuldade aumente.
VOLVER: O que, na tua opinião, é mais engrandecedor no projeto CORAJE?
LUCAS: Para mim, o contato com a realidade. A extensão se propõe a isso: ao dialógo com a sociedade, a construção coletiva. Participar do CORAJE nos faz melhores estudantes, melhores pesquisadores, melhores estagiários e, modestamente, melhores profissionais. Isso não significa que participar do CORAJE é "obter um lugar no mercado de trabalho", até porque, nossas atividades, muitas vezes, dificultam um pouco em relação a essas questões (concursos, mercado de trabalho, o estudo só para o curso, etc.) - dificulta, mas não prejudica. A formação que temos dentro do projeto, por seu lado, dá ensejo para termos uma atuação crítica e socialmente referenciada em qualquer cargo que possamos exercer no futuro (seja professor, juiz, promotor, advogado, etc.)
VOLVER: Qual a satisfação de fazer parte do projeto Coraje?
LUCAS : Conseguir exenrgar o Direito como instrumento de transformação social, utilizar dos princípios da educação popular, o diálogo horizontal, as trocas de experiências entre os integrantes, o contato com diversas realidades acaba sendo muito gratificante para nós. Sabemos que quando chegarmos no fim do curso, podemos dizer que, mesmo com todos os erros e dificuldades que reconhecemos, tentamos viver a universidade, tentamos cumprir com o papel do estudante e transformar, mesmo que minimamente, a realidade que nos cerca.
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Por: Ana Isabel Freire (anaisabel_freire@hotmail.com) - Mariana Guimarães (mariana-guimaraes@hotmail.com) – Nina Nunes (nina_quasenada@hotmail.com)
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